Um som de violão às três da manhã
Num lapso para rever o indizível
Eu digo a você tudo o que sinto
Não deixo passar
Eu fico ao teu lado até o sol nascer
Respiro suavemente
As luzes dos carros me ofuscam
E interrompem o fio da meada
Querer às favas o suplício
As dores indicam a próxima jogada
Num tabuleiro carcomido de cupim
Já sei
Não sei nada
Foi dentro de um ônibus
Que escrevi os meus melhores poemas
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