21 junho 2024

Um som de violão às três da manhã

Num lapso para rever o indizível


Eu digo a você tudo o que sinto

Não deixo passar

Eu fico ao teu lado até o sol nascer


Respiro suavemente


As luzes dos carros me ofuscam

E interrompem o fio da meada


Querer às favas o suplício


As dores indicam a próxima jogada

Num tabuleiro carcomido de cupim


Já sei

Não sei nada


Foi dentro de um ônibus

Que escrevi os meus melhores poemas

Nenhum comentário:

Postar um comentário